quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Dono de oficina de moto é acusado de receptação

O mecânico Valmir Santos Silva, 29 anos, dono de uma oficina de motos localizada no Bairro Betânia, em Parauapebas, foi preso nesta quarta-feira (26) pela Polícia Militar, acusado de receptação de moto e carros roubados. A PM chegou até o acusado após a apreensão de uma moto que foi roubada no Maranhão.

No momento da apreensão, numa blitz ocorrida na vila Alto Bonito, a motocicleta estava sendo conduzida por Marcos Pereira Nogueira, que disse ter comprado o veículo pensando que o mesmo estivesse legalizado. "Eu não sabia que ela [moto] era roubada. Comprei para usar na roça, onde eu moro", justificou Marcos Nogueira, que levou os policiais até a oficina onde teria comprado a moto.

De acordo com o cabo PM Sobral, do destacamento policial em Alto Bonito, todos os dias eles estão realizando blitz em todos os assentamentos daquela localidade, para tentar apreender e coibir o roubo de motos.

Segundo ainda o policial militar, a abordagem de Marcos aconteceu por volta das 18 horas de terça-feira (25). Ele estava sem o documento do veículo e, ao fazerem a verificação pela placa, constataram que o mesmo foi roubado no Maranhão.

À polícia, o condutor disse que comprou a moto de um homem conhecido como Paulinho, em uma oficina no Bairro Betânia. “Os comparsas desse elemento [Paulinho] roubam as motos e repassam para ele, que despacha para as comunidades da zona rural", explica o cabo Sobral, frisando que Paulinho, assim como Valmir, já é conhecido.

Ao ser procurado pela reportagem, Valmir Silva tentou intimidar o repórter Ronaldo Modesto, quando este tentou fotografá-lo e ouvi-lo na delegacia. A ameaça foi comunicada à polícia. Marcos Nogueira, por sua vez, informou que comprou a moto de Valmir Silva por R$ 2,5 mil.

"Vim com a polícia e o cara confirmou que me vendeu a moto e já nos levou na casa de outro cara, que teria dado para ele a moto para vender. Ele disse que vendeu a moto para ganhar comissão”, relata Marcos Nogueira. Segundo foi apurado pela polícia, Valmir comprou a moto por R$ 1 mil e depois revendeu por R$ 2,5 mil para Marcos Nogueira.

Para o delegado Nelson Alves Júnior, plantonista na 20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas, isso é caracterizado como receptação culposa. Ele explica que, como se trata de crime afiançável, Valmir vai responder ao processo em liberdade. "Ainda vamos conversar com ele, para saber de quem ele comprou essa moto. Talvez uma terceira pessoa seja incluída nesse processo", adianta o delegado. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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