segunda-feira, 28 de março de 2016

Testemunhas de invasão à fazenda Cedro dão depoimento na Polícia Civil

A Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá tomou nesta segunda-feira (28) os depoimentos de seis pessoas que testemunharam a invasão da fazenda Cedro, na zona rural do município, durante a madrugada. Quatro são funcionários do local e outras duas testemunhas são integrantes da escolta armada contratada para fazer a segurança privada da área.

Segundo o delegado Alexandre Nascimento, a equipe de policiais civis enviada à fazenda, durante a manhã, acompanhou o trabalho dos peritos criminais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Marabá na área destruída pelos invasores.

De acordo com as testemunhas, o grupo ligado ao acampamento Helenira Resende, vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), chegou ao retiro Plantel, onde está localizada a administração da fazenda, por volta de 2 horas da manhã. Armados com espingardas, eles passaram a ameaçar os funcionários, que estavam dentro das casas localizadas em uma vila no interior do retiro. Os seguranças particulares da escolta armada chegaram a disparar para o alto, no intuito de afastar os invasores do local, mas o grupo não recuou e passou a atirar em direção à fazenda.

Logo em seguida, os seguranças retiraram os funcionários das casas e os levaram para uma fazenda próxima à Cedro, onde ficaram em segurança. Logo em seguida, os invasores invadiram o escritório do retiro e passaram a saquear móveis, como cadeiras, mesas e eletrodomésticos. Depois, depredaram o imóvel e incendiaram dois tratores e uma caminhonete, que estavam no local. Ainda segundo o delegado, as casas dos funcionários também tiveram eletrodomésticos roubados.

Esse foi o segundo ataque à fazenda Cedro neste ano. Em janeiro, invasores incendiaram a sede da propriedade rural. O próximo passo será intimar responsáveis pelo acampamento para serem ouvidos em depoimento. (Walrimar Santos)

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